12 de jul. de 2016

DÍVIDA PÚBLICA E ESTRATÉGIA NACIONAL - O BRASIL NA CAMISA DE FORÇA.



(Revista do Brasil) - Seguindo a linha de criação de factoides adotada por setores do governo interino – exibe-se a bandeira da “austeridade” com a mão e aumenta-se, com a outra, em mais de R$ 60 bilhões as despesas, proventos e contratações. Uma das novidades da equipe econômica interina é a criação de um “teto” para as despesas do setor público para os próximos 20 anos. A principal desculpa para engessar ainda mais o país – e até mesmo investimentos como os de saúde e educação – é, como sempre, o velho conto da dívida pública. Segundo jornais como O Globo, a dívida bruta do Brasil somou R$ 4,03 trilhões em abril, o equivalente a 67,5% do Produto Interno Bruto (PIB) – e pode avançar ainda mais nos próximos meses por conta do forte déficit fiscal projetado para este ano e pelo nível elevado da taxa de juros (14,25% ao ano).


E daí? A pátria do Wall Street Journal, os Estados Unidos, multiplicou, nos primeiros anos do século 21, de US$ 7 trilhões para US$ 23 trilhões a sua dívida pública bruta, que passou de 110% do PIB este ano, e se espera que vá chegar a US$ 26 trilhões em 2020. A Inglaterra, terra sagrada da City e The Economist, que tantas lições tenta dar – por meio de matérias e editoriais imbecis – ao Brasil e aos brasileiros, mais que dobrou a sua dívida pública, de 42% do PIB em 2002 para quase 90%, ou 1,5 trilhão de libras esterlinas (cerca de US$ 2,2 bilhões), em 2014. A da Alemanha também é maior que a nossa, e a da Espanha, e a da Itália, e a do Japão, e a da União Europeia...


Já no Brasil, com todo o alarido e fantástico mito – miseravelmente jamais desmentido pelo partido – de que o PT quebrou o Brasil, a dívida pública em relação ao PIB diminuiu de quase 80% em 2002, para 66,2% do PIB em 2015. Enquanto a dívida líquida caiu de 60% para 35%. E poupamos US$ 414 bilhões desde o fim do malfadado governo de FHC (US$ 40 bilhões pagos ao FMI mais R$ 374 bilhões em reservas em internacionais). E somos um dos dez países mais importantes do board do FMI, e o quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos.


Então vamos à inevitável pergunta: por que será que os países mais importantes do mundo e as chamadas nações “desenvolvidas” são, em sua maioria, os mais endividados?


Será que é porque colocam o desenvolvimento na frente dos números? Será que é porque não dão a menor pelota para as agências de classificação de risco, que, aliás, estão a seu serviço, e nunca os “analisaram” ou “rebaixaram” como deveriam? Será que é por que conversam fiado sobre países como o Brasil, mas não cumprem as regras que não param – para usar um termo civilizado – de “jogar” sobre nossas cabeças? Ou será que é porque alguns, como os Estados Unidos, estabelecem seus objetivos nacionais, e não permitem que a conversa fiada de economistas e banqueiros e a manipulação “esperta” de dados, feita também por grupos de mídia que vivem, igualmente, de juros, sabote ou incomode seus planos estratégicos?


Todas as alternativas anteriores podem ser verdadeiras. O que importa não é o limite de gastos. Nações não podem ter amarras na hora de enfrentar desafios emergenciais e, principalmente, de estabelecer suas prioridades em áreas como energia, infraestrutura, pesquisa científica e tecnológica, espaço, defesa. O que interessa é a qualidade do investimento.


Como não parece ser o caso, como estamos vendo, dos reajustes dos mais altos salários da República, e dos juros indecentes que o Estado brasileiro repassa aos bancos, os maiores do mundo. Que tal, senhor ministro Henrique Meirelles, adotar a mesma proposta de teto estabelecida para os gastos públicos exclusivamente para os juros e os respectivos bilhões transferidos pelo erário ao sistema financeiro todos os anos? Juros que não rendem um simples negócio, um prego, um parafuso, um emprego na economia real – ao contrário dos recursos do ­BNDES, que querem estuprar em R$ 100 bilhões para antecipar em “pagamentos” ao Tesouro?


Agora mesmo, como o ministro Meirelles deve saber, os juros para igual efeito na Alemanha – com uma dívida bruta maior que a do Brasil – estão abaixo de zero. Os títulos públicos austríacos e holandeses rendem pouco mais de 0,2% ao ano e os da França, pouco mais de 0,3% porque são países que, mesmo mais endividados que o Brasil, não são loucos de matar sua economia, como fazemos historicamente – e seguimos insistindo nisso, com os juros mais altos do planeta, de mais de 14% ao ano, e outros, ainda mais pornográficos e estratosféricos, para financiamento ao consumo, no cheque especial, no cartão de crédito etc.


A diferença entre países que pensam grande e países que pensam pequeno, senhor ministro Henrique Meirelles, é que os primeiros decidem o que querem fazer, e fazem o que decidiram, sem admitir obstáculo entre eles e os seus objetivos. Enquanto os segundos, por meio da ortodoxia econômica – e do entreguismo –, antes mesmo de pensar no que vão fazer, submetem-se servilmente aos interesses alheios, e criam para si mesmos obstáculos de toda ordem, adotando – como as galinhas com relação à raposa na reforma do galinheiro – o discurso alheio.


Aqui, senhor ministro, não determinamos nem discutimos, nem defendemos interesses nacionais, e quando temos instrumentos que possam nos ajudar eventualmente a atingi-los, como ocorre com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, nos dedicamos a enfraquecê-los e destruí-los.


Cortando onde não se deve e deixando de cortar onde se deveria, estão querendo matar o Estado brasileiro, que, de Brasília a Itaipu, foi responsável pelas maiores conquistas realizadas nos últimos 100 anos – na energia, na mineração, na siderurgia, no transporte, na exploração de petróleo, na defesa, na aeronáutica, na infraestrutura.


Não existe uma só área em que, do ponto de vista estratégico, a iniciativa privada tenha sido superior ao Estado, como fator de indução e de realização do processo de desenvolvimento nacional nesse período – até porque, fora algumas raras, honrosas exceções, ela coloca à frente os seus interesses e não os interesses nacionais.


E é com base justamente na premissa e no discurso contrário, que é falso e mendaz, que se quer justificar uma nova onda de entrega, subserviência e privatismo, com a desculpa de colocar em ordem as contas do país, quando, no frigir dos ovos, nem as contas vão tão mal assim. Basta compará-las às outras nações para perceber isso. As dificuldades existem muito mais no universo nebuloso dos números, que mudam ao sabor dos interesses dos especuladores (onde está a auditoria da dívida?) do que na economia real.


Se a PEC do Teto, como está sendo chamada pelo Congresso, for aprovada, as grandes potências, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha – ainda que mais endividadas que o Estado brasileiro – continuarão progredindo tecnológica e cientificamente, e se armando, e se fortalecendo, militarmente e em outros aspectos, nos próximos anos, enquanto o Brasil ficará, estrategicamente, inviável e imobilizado, e ainda mais distante dos países mais importantes do mundo.


Para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais complexo e competitivo, senhor ministro Henrique­ Meirelles, o Brasil precisa de estratégia, determinação e bom senso. E não de mais camisas de força.

11 comentários:

Rogerounielo disse...

Dívida pública deve chegar a 78,7% do PIB em 2019

1.            O Brasil está de parabéns!

2.            Emprestou recursos quase do tamanho das suas riquezas, ou seja -- para um PIB (soma de todos os produtos finais produzidos por um país em um intervalo de tempo) de R$ 5,9 trilhões, em 2015, fez empréstimos, por meio da dívida pública bruta, que ainda não foram pagos, da ordem de R$ 4,643 TRILHÕES (78,7% do PIB, em 2019), pagou juros de R$ 3,120 TRILHÕES, de 2002 a 2013, ou seja, realizou dívidas de R$ 7,763 TRILHÕES (R$ 4,643 TRILHÕES + 3,120 TRILHÕES), para a PIOR RECESSÃO EM TODA A HISTÓRIA DO BRASIL, COMO NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESSE PAÍS.

2.1 O problema não é a dívida pública em si, mas emprestar TRILHÕES de reais, pagar TRILHÕES em juros, aplicar mal esses TRILHÕES ou simplesmente desvia-los para o esgoto da corrupção e apresentar a fatura para os contribuintes pagarem na forma de diminuição do orçamento da saúde, segurança e educação, para manter o pagamento dos juros e a amortização de uma dívida pública imoral, levando o povo brasileiro para a miséria absoluta.

Continua

Rogerounielo disse...

Continuação

3.            De acordo com matéria intitulada “PIB do Brasil cai 3,8% em 2015 e tem pior resultado em 25 anos”, divulgada em 03/03/2016, pelo G1.com, disponível no linkhttp://g1.globo.com/economia/noticia/2016/03/pib-do-brasil-cai-38-em-2015.html, “Em valores correntes, PIB chegou a R$ 5,9 trilhões”, em 2015.

4.            Partindo da premissa de que, em 2019, nosso PIB fosse de R$ 5,9 trilhões, se a dívida pública chegar a 78,7% do PIB em 2019, conforme matéria transcrita no item 5 abaixo,  isto significa dizer que o endividamento do país será de R$ 4,643 TRILHÕES ou R$ 4.643.300.000.000,00. Muitos zeros não?

5.            “De 2009 a 2013, os gastos com juros somaram R$ 1,065 trilhão. Corrigido pela inflação, esse valor equivale hoje a R$ 1,190 trilhão”, conforme matéria intitulada “País gasta mais de R$ 1 tri em cinco anos com juros da dívida pública”, conforme matéria intitulada, divulgada em 31/01/2014, disponível no link http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/01/31/pais-gasta-mais-de-r-1-tri-em-cinco-anos-com-juros-da-divida-publica, parcialmente transcrita abaixo:

a)           “O Brasil gastou mais de R$ 1 trilhão nos últimos cinco anos com pagamento de juros da dívida pública, mostram dados do Banco Central divulgados nesta sexta-feira, 31”.

b)           “No total, o setor público brasileiro teve uma despesa de R$ 249 bilhões em 2013 com juros. É o maior valor anual desde pelo menos 2002, quando o BC iniciou o registro desses dados pela metodologia atual. Se atualizarmos pela inflação, no entanto, o maior valor da série é o de 2011 (R$ 265 bilhões)”.

c)           “De 2009 a 2013, os gastos com juros somaram R$ 1,065 trilhão. Corrigido pela inflação, esse valor equivale hoje a R$ 1,190 trilhão”.

d)           “Em média, cada um dos 94 milhões de brasileiros com ocupação remunerada gastou, indiretamente, R$ 11 mil no período para pagar os credores do governo, o que dá mais de R$ 2 mil por ano por pessoa”.

6.            No link http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br/2014/01/31/pais-gasta-mais-de-r-1-tri-em-cinco-anos-com-juros-da-divida-publica/, tem uma tabela que reproduzimos a seguir, com juros que o Brasil pagou de 2002 a 2013, no total de R$ 2,772 TRILHÕES (valor corrigido pelo IPCA até 31/01/2014), que corrigido pelo IPCA-Geral de 02/2014 a 04/2016, totaliza R$ 3,120 TRILHÕES ou R$ 3.120.633.234.782.610,00, para correção monetária de R$ 348,6 BILHÕES ou R$ 348.633.234.782.609,00 (13% de IPCA-Geral Médio - soma do valor do IPCA, mês a mês, de 02/2014 a 04/2016, no total de 289,27%, dividido por 23 meses):

Ano    Juros - R$

2002   212 BILHÕES
2003   247 BILHÕES
2004   204 BILHÕES
2005   238 BILHÕES
2006   236 BILHÕES
2007   227 BILHÕES
2008   218 BILHÕES
2009   216 BILHÕES
2010   233 BILHÕES
2011   265 BILHÕES
2012   227 BILHÕES
2013   249 BILHÕES
Total  2772 TRILHÕES

Continua

Rogerounielo disse...

Continuação

7.            Início da transcrição: 

Dívida pública deve chegar a 78,7% do PIB em 2019 

Fonte - Link http://exame.abril.com.br/economia/noticias/divida-publica-deve-chegar-a-78-7-do-pib-em-2019

Imagem Deletada

Henrique Meirelles: ministro tem alertado que é preciso barrar alta insustentável da dívida

Ricardo Brito e Adriana Fernandes, do Estadão Conteúdo

Brasília - O governo do presidente em exercício, Michel Temer, estimou, em documento encaminhado ontem ao Congresso Nacional, que a dívida bruta do setor público brasileiro vai atingir 78,7% do PIB em 2019.

O número, que consta da proposta da nova meta fiscal para 2017, indica que o endividamento do País vai atravessar uma escalada de alta nos próximos três anos, mesmo com a equipe econômica tendo anunciado na quinta-feira uma série de medidas para tentar reduzir o déficit nas contas públicas.

A dívida bruta é um dos principais indicadores de sustentabilidade das finanças de um País observados por agências de classificação de risco.

O Brasil encerrou o ano passado com essa relação de 66,2% do PIB. Mas indicadores acima de 70% são tidos como preocupantes sobre a real capacidade de um país honrar seus compromissos.

Foi essa trajetória que fez o Brasil ter perdido o selo de bom pagador pelas três principais agências de classificação de risco: Standard & Poor´s, Fitch e Moody´s.

No documento encaminhado ao Congresso, que foi obtido pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o Banco Central projeta que a dívida bruta encerrará 2017 com 76,6% do PIB; 2018, com 78,1%; e 2019, com 78,7%, aproximando-se de 80%, zona considerada como extremamente perigosa para países com a economia semelhante à do Brasil.

Desde que assumiu o cargo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem alertado que é preciso barrar o crescimento insustentável da dívida pública para ganhar a confiança e sinalizar a reversão do quadro de deterioração das contas públicas.

Por isso, o governo se esforçou para apresentar, a partir de 2017, uma reversão da trajetória do rombo das contas públicas - após um déficit projetado para este ano de R$ 170,5 bilhões, a gestão Temer propôs ao Congresso uma meta no próximo ano de R$ 139 bilhões.

O governo admite que o País ainda terá déficits primários entre 2016 e 2018 - a meta fiscal zero só ocorrerá no início do próximo mandato presidencial. 

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, destacou no documento enviado ao Legislativo que o governo procura criar as "condições futuras necessárias" para a gradual queda do endividamento público brasileiro.

Ele cita a PEC do teto do gasto como forma de fazer um ajuste estrutural das contas públicas. O governo projeta que, com esse ajuste, os gastos caiam com o passar dos anos.

Pelas simulações apresentadas ao Congresso, a despesa primária reduziria de 19,49% do PIB em 2017 para 18,83% em 2018 e 18,31% em 2019, quando ela será igualada à receita primária.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) marcou uma reunião para a próxima quarta-feira a fim de apreciar o parecer do relator da meta fiscal de 2017, senador Wellington Fagundes (PR-MT).

Caso seja aprovada no colegiado, a proposta ainda terá de ir à votação pelo plenário do Congresso.

Fim

Maria Zelia Wolff disse...


Este é a verdadeira fotografia do Brasil verdadeiro!!!! O resto é mentiroso e falso!!!!

ACORDEM BRASILEIROS!!!!!! ESTAMOS SENDO VENDIDOS DE TODAS AS FORMAS!!!!!!

Zémocrata disse...

Prezado Mauro,

O seu artigo me fez lembrar o Barão de Mauá que, contrariando o dogma da época de que o padrão ouro é que lastreava a emissão de moeda, especulou contra a libra esterlina e salvou o Brasil da bancarrota (seus conceitos foram copiados, 113 anos depois, por dois economistas americanos que com isso ganharam o prêmio Nobel de economia).
Mas o que eu quero dizer é o seguinte: quem garante que há um teto para a dívida pública? É muita cara de pau desse governo golpista pensar nisso, seu artigo mostra isso com muita clareza.

Zémocrata disse...

Acho que não temos saída fora das ruas, Mauro: somente uma participação gigante das forças democráticas é capaz de paralisar este golpe no fim de agosto. Não podemos confiar uma agulha na maioria desses homens que hoje dirigem os três poderes do Estado. E a minoria, se não tiver o respaldo explícito da população, não tem força para peitá-los, de tão comprometidos que estão - alguns, como o Serra, são casos pra muitos anos de pesquisas que certamente virão, mas não podem vir tarde. Ou será que o preço imposto pela dialética da história nos obrigará a engolir mais essa (entrega do pré-sal, perda de direitos, etc.)?

Anônimo disse...

A PF, A JUSTIÇA, O JUDICIÁRIO, O LEGISLATIVO, O EXECUTIVO ESTÃO INFILTRADOS DE CORRUPTOS E APOIADORES DA ELITES SONEGADORAS QUE PAGAM MUITO MAIS QUE OS EMPREGOS PÚBLICOS E NÃO PRECISAM COMPROVAR NO IMPOSTO DE RENDA, É TUDO POR FORA, SONEGAÇÃO E LAVAGEM DE GRANA ROUBADA DO ERÁRIO.
VEJAM UM CASO EM QUE SE A POLICIA NÃO FOSSE CORRUPTA, JÁ ESTARIA AGINDO E PRENDENDO UM MONTE DE CORRUPTOS DO LEGISLATIVO E DO EMPRESARIADO.
MAS A PF SÓ ESTÁ INTERESSADA EM PRENDER O LULA E A DILMA E ESTÁ HÁ MAIS DE 8 ANOS TENTANDO ISSO E NÃO CONSEGUE UMA SÓ PROVA, ENQUANTO OS VERDADEIROS BANDIDOS ESTÃO AÍ, AGINDO LIVREMENTE SOB OS OLHARES COMPLACENTES E LENIENTES DO DOUTOR MORO E SEUS CUPINCHAS,
**** RODRIGO MAIA (DEM RJ), PRESIDENTE DA CÂMARA, ADMITE ACORDO PARA ENTERRAR CPI QUE INVESTIGA EMPRESAS (CPI DO CARF). Ele é filho de César Mai e já mostra no inicia de seu mandato tampão, seu DNA de político corrupto.
Decisão de Maia sobre CPI do Carf livra todos empresários suspeitos de fraude fiscal.http://www.redebrasilatual.com...
Para deputado do Psol Ivan Valente, novo presidente da Câmara foi eleito já tendo feito acordo com PSDB para barrar investigações. é tomada no momento em que a CPI e a operação Zelotes estão em pleno funcionamento, e uma semana após o representante da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) no conselho do Carf, João Carlos de Figueiredo Neto, ter sido preso, flagrado chantageando o banco Itaú.
"Rodrigo Maia já deixa sua marca de blindador das grandes empresas ao cancelar a prorrogação da CPI do Carf. Certamente tem acordo com o PSDB e outros partidos. O Psol denunciará manobra que visa proteger fraudadores da Receita Federal, que deveriam ser multados em bilhões de reais, muitos dos quais já estão indiciados e até denunciados", afirmou o deputado Ivan Valente (Psol-SP).
O partido já havia apresentado na CPI do Carf diversos requerimentos convocando empresários envolvidos em escândalos da Operação Zelotes, inclusive André Gerdau (do grupo que leva seu sobrenome), e Luiz Carlos Trabuco (Bradesco). "Outras empresas que estão sendo blindadas com a medida de Maia são Safra, Santander, RBS e algumas montadoras de veículos", diz a nota.
A Zelotes começou investigando fraude fiscal de uma série de empresas grandes, incluindo filiadas da Rede Globo, mas acabou direcionando parte dos seus trabalhos para apurar caso de corrupção envolvendo as empresas do filho do ex-presidente Lula.

Nelson Cunha disse...

Mauro,
Vou lhe responder porque nossa dívida é preocupante. Ela preocupa porque tem crescimento explosivo. Enquanto os países que você citou têm divida maior do que a nossa, o juro que eles pagam é até negativo. Aqui sao 15% ao ano. E por que pagamos percentual tão alto? Porque o país não tem credibilidade.
Como pagar juros baixos como nos países desenvolvidos? Quando tivermos inflacào baixa, quando o orçamento for respeitado e quando nossa elite política parar de roubar. O seu PT e Lula são as piores pragas que surgiram no Brasil. Nem a direita tão odiada conseguiu fazer pior.

Zémocrata disse...

Resposta ao Nelson Cunha: eu entendo o suficiente de economia pra te responder (o que não é grande vantagem, dado o seu nível, diga-se): juros negativos em economias fortes como as da Europa/Japão/EUA e juros básicos de 15% em economias "emergentes" como a nossa são faces de uma mesma moeda: lá, como cá, a "financeirização" da economia, já ouviu falar disso? - se não, inteire-se disso antes falar bobagens.

Nelson Cunha disse...

Resposta ao Zémocrata que de democrata não tem nada. Inicia a resposta dizendo-se conhecedor de Economia e me colocando no patamar dos palermas. Deve ser daqueles que adoram dizer" Sabe com quem está falando" Precisava expor sua descortesia ?
Agora vamos aos fatos:
Minha afirmação foi: A dívida pública brasileira é preocupante porque sobre ela pesa um juro anual de 15%. Com um juro destes a dívida tem crescimento explosivo. Pelo juro e pela incapacidade do Estado Brasileiro de amortizá-la quando suas receitas são declinantes.
A dívida dos países ricos, embora maiores em relação ao PIB, são corrigidas por juros baixíssimos ou até negativos.
A pergunta é:
Aonde está na minha afirmação a " bobagem" ?

Zémocrata disse...

Cunha, você mesmo já respondeu isso: é só olhar no seu primeiro post.
E eu não me considero "conhecedor" de economia. Apenas o suficiente pra te responder, repito.