29 de jun. de 2016

O “BREXIT”, O FASCISMO E O MEDO.



Depois de intestina disputa que rachou a sociedade inglesa, cujo ápice foi o emblemático assassinato da deputada trabalhista Jo Cox por um fanático fascista que, ao atacá-la a tiros, gritou “a Grã Bretanha primeiro!”, slogan inspirado, assim como o de “o Brasil acima de tudo!”, no “Deutschland Uber Alles!”, do hino nazista, o Reino Unido - cada vez mais desunido - votou, finalmente, por sua saída da União Europeia.    


O resultado provocou terremotos internos e externos. As bolsas caíram em todo o mundo. O primeiro-ministro David Cameron já marcou data para se afastar do cargo.


E pode levar à desagregação do país, já que a Irlanda do Norte e a Escócia anunciaram que pretendem convocar plebiscitos próprios para decidir, a primeira,  se continua na União Européia, e a segunda, se vai unir-se à República da Irlanda.


Além disso, a libra já caiu mais de 10% com relação ao dólar e ao euro, e os alimentos e as viagens para o exterior ficarão mais caras, porque em alguns produtos, como leite e manteiga, e certos vegetais, por exemplo, mais de 50% do que é consumido na Inglaterra vem do continente, no outro lado do canal. 


Comandada pela direita e pela extrema direita, e provocada principalmente pela ignorância característica dos dias de hoje - milhares de britânicos entraram no Google para perguntar, às vésperas do plebiscito, o que era “União Européia” - e pelo medo e a aversão aos imigrantes, a vitória do “Brexit” é mais um poderoso exemplo do comportamento burro, deletério e ilógico do fascismo.

        


Com a saída da UE, a Inglaterra tende a perder influência na Europa; a enfraquecer-se frente a eventuais adversários extracomunitários; a empobrecer econômicamente, diminuindo seu acesso a um dos maiores mercados do mundo; além de aumentar seu isolamento no âmbito geopolítico e sua histórica dependência dos Estados Unidos.


Uma situação que deveria servir de alerta, no Brasil,  para aqueles que querem acabar com a UNASUL e o Mercosul a qualquer preço e substituí-lo por “acordos” de livre comércio desiguais com países e grupos de países altamente protecionistas, como a própria União Europeia, que contam com capacidade de pressão muito maior que a nossa.

  

Decepcionada e frustrada com os resultados das urnas, a juventude inglesa reclamou que seu futuro foi cortado, lembrando que os jovens britânicos perderam, entre outras coisas, a chance de trabalhar em 27 diferentes países, e  engrossou um manifesto de 3 milhões de assinaturas que pede a realização de novo plebiscito - hipótese improvável, praticamente impossível de avançar neste momento, diante da indiferença e do egoísmo dos vitoriosos.


Nunca é demais lembrar que o fascismo, também em ascensão na Inglaterra de hoje, rejeita e despreza - apaixonadamente -  o  futuro.


Mesmo quando se disfarça de "novo" e disruptivo, como ocorreu com a Alemanha Nazista, ele está profundamente preso ao passado, como mostrou claramente Mussolini - e também Hitler com seus monumentos, estátuas, bandeiras e desfiles - ao tentar emular, canhestramente, a cultura   greco-romana e repetir - nesse caso, na forma  de tragédia, com as seguidas derrotas militares italianas - a glória perdida da Roma Imperial.


O fascismo - ao contrário do que muitos pensam - não é glorioso, mas medroso. 


Fascistas temem, paradoxalmente, aqueles que consideram mais fracos, e por isso são “apolíticos”, homofóbicos, eugenistas, antifeministas, racistas, intolerantes, discriminatorios, xenófobos,  anti-culturais e contrários ao voto obrigatório e universal.


A suástica, girando sobre seu eixo,   reproduz o movimento concêntrico de alguma coisa que se encerra em si mesma, repelindo tudo que venha de fora, como uma tribo ignorante e primitiva, um molusco que fecha velozmente sua concha, ou um filhote de porco espinho ou de tatú que se enrola, tapando a cabeça, ao primeiro sinal de ruído ou de aproximação.


Da mesma forma que faziam, patologicamente, os soldados   nazistas, educados no temor da “contaminação” judaica, cigana ou bolchevique, que se comportavam como diligentes técnicos de dedetização tentando conter uma epidemia, fechando-se a qualquer razão ou sentimento, ao matar récem nascidos e crianças de três, quatro, cinco, seis anos de idade, escondidas debaixo da cama, ou trancadas na derradeira escuridão das câmaras de gás, da forma mais fria e repulsiva, como se estivessem exterminando, simplesmente, pulgas, percevejos e ratos, ou esmagando ovos de barata.


O Brexit - a saída da Inglaterra da União Européia - é mais um perigoso aviso, entre os muitos que estão se repetindo, nos últimos tempos - como sinais proféticos - do próximo retorno de um fascismo alucinado e obtuso.


Um retorno que se dá, e se torna possível, mais uma vez, pela fraqueza e indecisão da social democracia, a existência de uma pretensa massa de “defensores” do Estado de Direito e da liberdade, amôrfa, apática, inativa; e de uma esquerda que apenas espera, de braços cruzados, também encerrada, em muitos países do mundo, em seus próprios sites e grupos, disfuncional, estrategicamente confusa, passiva, inerme e dividida, sem reagir ou defender-se quando atacada, nem mesmo institucionalmente, como um letárgico  bando de carneiros pastando ao sol.


O medo fascista está de volta. 

E não se limitará à Inglaterra.


Se não for contido o avanço de sua imbecilidade ilógica, por meio do recurso ao bom senso e à inteligência, outros países da UE, tão xenófobos quanto racistas, seguirão o reino de Sua Majestade em seu caminho de  intolerância, isolamento e fragilidade.


Porque o fascismo só avança com a exploração do medo e do egoísmo.


O medo de quem se assusta com o outro, repele o que é diferente e rejeita o futuro e a mudança.


O egoísmo daqueles que preferem erguer muros no lugar de derrubá-los; que se empenham em separar no lugar de unir; que escolheriam, se pudessem decidir, matar a fecundar, saudando a morte, como fazem em muitos países do Velho Continente e em outros lugares do mundo, jovens e antigos neonazistas de coração estéril, com a artrítica, tremente, mão espalmada levantada,  no ressentimento raivoso de uma velhice amarga, que cultiva e adora o deus do ódio no lugar de celebrar a vida, o amanhã, a alegria, o encontro e a diversidade.


13 comentários:

Tania disse...

Ao contrário de Santayana, considero que o Brexit é positivo para o equilíbrio mundial, porque reduz a força de pressão da NWO no contexto, e a influência norteamericana na Europa e na Otan.
Esperemos que a Inglaterra saia ou reduza seus aportes à OTAN e suas políticas belicistas, e resolva virar as costas para as sanções contra os países do hemisfério oriental por pressão norteamericana, como de costume.
Achei ótimo o que aconteceu, não interessa quais seus protagonistas.
O entrelaçamento e interdependência de paises heterogêneos do sistema capitalista internacional piora as condições das populações e reduz ainda mais seu poder político local, regional e nacional.
Que cada um trate de seu quintal e não se meta com o quintal alheio. Defender essa promiscuidade é próprio de um projeto colonialista com vezo imperialista.
Tania Jamardo Faillace
jornalista e escritora de Porto Alegre, RS

Anônimo disse...

Em nenhum momento Santayana defende a permanência da GRã Bretanha na UE. Ele apenas destaca que os motivos que levaram à saída foram xenófobos e racistas, promovidos pela extrema e a extrema direita, e contra a imigração.

Tania disse...

Os motivos subjetivos são uma coisa, os fatos são outra.
Que se faça a coisa certa pelo motivo errado, não invalida a oportunidade e propriedade da ação.
E o racismo vem sendo brandido pelo politicamente correto de forma muito safada, conforme convém aos "donos do mundo".
Se os índios e africanos fossem mais racistas, não teriam sido subjugados tão facilmente pelos brancos europeus e árabes, nem teriam vendido seus companheiros como escravos aos estranhos.
A defesa contra estranhos é natural entre todas as populações, animais ou humanas. O cosmopolitismo nasceu das empresas de conquista, saque e ocupação realizadas pelos grupos mais fortes ou mais ricos.
Em relação a imigração de pobres, é sempre uma ameaça aos trabalhadores locais, e um instrumento do poder econômico para rebaixar as lutas de classe. Se o trabalhador excedente vem de fora, tanto melhor para o patronato, porque sabe ser assim impossível a união de interesses dos mais pobres.
A imigração indiscriminada e caótica só serve aos interesses das classes dominantes. As pessoas de base, obviamente, reagem emocionalmente, por medo, sem preocupar-se em analisar politicamente as situações.
As elites e os comentaristas têm a obrigação de fazer isso.
A origem do problema é o saque do petróleo de países que seriam ricos sem a interferência estrangeira. E a guerra movida pelas mega-empresas (através de seus governos) contra esses países produtores, usando os mais diversos argumentos e artíficios, inclusive religiosos.
A coisa é simples: se não há comida para todos, mais comensais significa MAIS FOME; a menos que essa comida que falta for buscada onde ela está ociosamente acumulada - entre as classes abonadas e o patronato.
Tania Jamardo Faillace
jornalista e escritora de Porto Alegre, RS
,

Unknown disse...

Caro mestre:
É claro que os ingleses têm um plano B para a globalização, que se derrete. Analise a situação dos grandes bancos, exceto os ingleses, que sustentam essa globalização. Compare com o volume dos ativos financeiros gerados na city londrina. E, então? O mestre acharia que a Rainha da Inglaterra se dobraria ao Banco Central Europeu? Lembremos os tempos dos corsários. Piratas, eram os outros!

Eduardo Magrone disse...

O equívocos e miopia de um anticapitalismo colegial. O Brexit foi uma grande vitória da extrema direita europeia, com inevitáveis repercussões internacionais. Cuidar do seu próprio quintal é uma expressão incompatível com a luta eficaz contra um sistema que não é paroquial, mas que se mundializa de maneira crescente e radical. A postura ortodoxa da política econômica da UE, via Banco Central Europeu, irá ser alterada pela Inglaterra, porque ele deixou a UE? Poupe-me! Os súditos da rainha, em especial aqueles que estão na base da estratificação social britânica terão ainda mais dificuldades de se opor aos seus algozes econômicos cuja aliança, agora mais forte com os EUA, os tornarão ainda mais tenazes em seus voracidade espoliativa. Merkel negociava duro; os EUA irão impor. Para além do economicismo banal, o Brexit é agora comemorado pela direita xenófoba, racista, intolerante e também, pasmem, anticapitalista, muito interessada, aliás, em tomar conta de seu quintal, perseguindo, expulsando e, por que não, exterminando, se for "necessário" imigrantes. Vamos combinar...

Tania disse...

Caro Eduardo,

O projeto do Governo Mundial se constrói com aglomerados de nações, porque é mais fácil ter controle sobre uma federação que sobre unidades independentes. Qualquer empresário de certa envergadura lhe dirá isso: é muito mais difícil exercer a liderança sobre unidades autônomas que sobre redes.
Assim como é mais prático e oportuno e eficiente provocar alterações em vários micros que num gigantesco macro.
Não se fará a revolução em termos mundiais dentro do espectro macro, e sim com descolamentos estratégicos de uns e outros.
É assim que se desmontam os grandes conjuntos extra-nacionais, como aconteceu com os vários impérios, e modernamente, com a URSS.
As próprias criaturas sabem tão bem disso, que usam esse mesmo tipo de estratégia em seu projeeto neocolonizador - ao invés de atacar de uma vez só todos os países que querem conquistar dentro de um mesmo movimento, criam estratégias e tempos ligeiramente diferenciados para interferir na Argentina, no Uruguai, no Paraguai, na Venezuela, no Brasil, etc., etc.
A União Européia foi construída para servir a Nova Ordem Mundial, e arruinou as economias nacionais e multiplicou a miséria nos campos e nas cidades.
Não há nada útil para salvar nela. E os trabalhadores não têm acesso a organismos internacionais nem mesmo para combatê-los. É preciso trazer a luta para perto dos verdadeiros interessados e contendores da luta de classes, hoje disfarçada com modismos e modernidades.

Tania Jamardo Faillace




Eduardo Magrone disse...

Que pérola: "Se os índios e africanos fossem mais racistas, não teriam sido subjugados tão facilmente pelos brancos europeus e árabes, nem teriam vendido seus companheiros como escravos aos estranhos." Nada pior do que a ignorância em ação. Quer dizer, então, que, se todos os povos escravizados e colonizados do mundo tivessem sido racistas "o suficiente", a escravidão e o colonialismo não teriam oportunidade de existir historicamente. Vou selecionar esta passagem para o prêmio framboesa de 2016 para a pior declaração do ano. Por outro lado, ainda não consegui entender a relação supostamente contraditória que haveria entre defender um tratamento humano aos refugiados e condenar energicamente a apropriação pela via militar dos campos de petróleo de seus países de origem, por parte daqueles países que hoje estão relutantes em recebê-los. Aliás, para o raciocínio torpe que enxerga uma estratégia do capital para baratear a força de trabalho por meio da entrada de refugiados em paraísos trabalhistas europeus, basta dizer que para financiar os déficits das contas públicas para fazer a guerra não faltam recursos, nem para bancar a banca podre dos juros. A Europa e o estado de bem estar europeu faliram por causa da ganância sem limites do sistema financeiro e não por causa dos refugiados e imigrantes. A UE poderia reunir toda sua tradição sindical multinacional para tentar contrapor-se ao desmantelamento dos direitos e políticas sociais. Fracionada, cada família trabalhadora irá depender de sua própria força sindical nacional para enfrentar um poder global avassalador. A esquerda antiglobalização é, em alguns aspectos, pior do que a direita liberal.

Luiz Espírito Santo disse...

É interessante notar como a grande mídia induz opiniões e produz consensos...

Explico...

A Inglaterra é, há tempos, um país multicultural e multiétnico, sobretudo Londres. Tb pudera, os britânicos comandaram o maior império do mundo durante muitas décadas...

Analisando demográfica, sociológica, geográfica e economicamente o resultado recente pró-BRexit, é possível perceber:
1) os mais velhos votaram maciçamente e a favor do BRexit;
2) os mais jovens tiveram número significativo de abstenções e desejavam a permanência na UE;
3) os mais velhos viveram sob o Estado de Bem Estar Social britânico e sentiram na pele a Era Tatcher, fortemente neoliberalizante e pró-UE;
4) os jovens britânicos desejosos da permanência nasceram num Reino Unido integrante da UE. Isto é, não conheciam um RU "independente".

A percepção dos mais velhos sempre foi a de que as condições de vida eram melhores antes da entrada do país no Bloco Europeu. Esses mais velhos enxergam essa UE, sob a batuta alemã, fortemente neoliberalizante. Daí, a meu ver, reside a escolha pela saída do bloco...

Os fascistas podem ter feito lobby contra a imigração. No entanto, os britânicos não são idiotas como os estadunidenses. Votaram para frear as sufocantes medidas restritivas e neoliberalizante da UE. Por isso, o Mercado odiou, até pq o exemplo inglês poderia inspirar os franceses, dentre outros...

Luiz Espírito Santo disse...

É interessante notar como a grande mídia induz opiniões e produz consensos...

Explico...

A Inglaterra é, há tempos, um país multicultural e multiétnico, sobretudo Londres. Tb pudera, os britânicos comandaram o maior império do mundo durante muitas décadas...

Analisando demográfica, sociológica, geográfica e economicamente o resultado recente pró-BRexit, é possível perceber:
1) os mais velhos votaram maciçamente e a favor do BRexit;
2) os mais jovens tiveram número significativo de abstenções e desejavam a permanência na UE;
3) os mais velhos viveram sob o Estado de Bem Estar Social britânico e sentiram na pele a Era Tatcher, fortemente neoliberalizante e pró-UE;
4) os jovens britânicos desejosos da permanência nasceram num Reino Unido integrante da UE. Isto é, não conheciam um RU "independente".

A percepção dos mais velhos sempre foi a de que as condições de vida eram melhores antes da entrada do país no Bloco Europeu. Esses mais velhos enxergam essa UE, sob a batuta alemã, fortemente neoliberalizante. Daí, a meu ver, reside a escolha pela saída do bloco...

Os fascistas podem ter feito lobby contra a imigração. No entanto, os britânicos não são idiotas como os estadunidenses. Votaram para frear as sufocantes medidas restritivas e neoliberalizante da UE. Por isso, o Mercado odiou, até pq o exemplo inglês poderia inspirar os franceses, dentre outros...

Unknown disse...

A Inglaterra e seus coligados mundiais, explicitados no final do discurso de Churchill no inicio da 2 ` guerra, do commonwealth e no 5 eyes, além da.Great Britain e do United King, com parceria de tantos, destacando a Suíça, os EUA e Israel, estão sim guinando para a direita. Mas também em movimento fe autodefesa, pulando da barca furada européia, de seus bancos falidos e de economias à beira da bancarrota. A UE está insustentável , pois 1/3 e até mais do PIB mundial, está represado em paraísos fiscais mafiosos ligados aos britânicos,judeus , americanos e o 1%, que não podem socorrer as outras economias européias falidas à beira do caos. Por isso tentar o acesso e butim aos bancos mais sólidos do planeta: os brasileiros. Infelizmente, o Brasil pode se.distanciar dos Brics, abandonar seu projeto de auto desenvolvimento autonomos que foram duramente conquistados pelos deaemvolvimentistasbe , alguns militares e nacionalistas, do difícil caminho da soberania estratégica , e.assim votando ao desgraçado passado recente e secular colonial e subserviente,viralatas , entreguista e antinacionalista, durante o presente, nos processos ligados ao 3` colonialismo, 2`guerra fria e à 4` revolução industrial em curso.

Unknown disse...

A Inglaterra e seus coligados mundiais, explicitados no final do discurso de Churchill no inicio da 2 ` guerra, do commonwealth e no 5 eyes, além da.Great Britain e do United King, com parceria de tantos, destacando a Suíça, os EUA e Israel, estão sim guinando para a direita. Mas também em movimento fe autodefesa, pulando da barca furada européia, de seus bancos falidos e de economias à beira da bancarrota. A UE está insustentável , pois 1/3 e até mais do PIB mundial, está represado em paraísos fiscais mafiosos ligados aos britânicos,judeus , americanos e o 1%, que não podem socorrer as outras economias européias falidas à beira do caos. Por isso tentar o acesso e butim aos bancos mais sólidos do planeta: os brasileiros. Infelizmente, o Brasil pode se.distanciar dos Brics, abandonar seu projeto de auto desenvolvimento autonomos que foram duramente conquistados pelos deaemvolvimentistasbe , alguns militares e nacionalistas, do difícil caminho da soberania estratégica , e.assim votando ao desgraçado passado recente e secular colonial e subserviente,viralatas , entreguista e antinacionalista, durante o presente, nos processos ligados ao 3` colonialismo, 2`guerra fria e à 4` revolução industrial em curso

Laércio Martuchelli disse...

Não concordo, vislumbro uma inglaterra ainda mais alinhada ao belicismo estadunidense, ao virar as costas a uniao europeia sinalizam exatamente isso.

Eduardo Magrone disse...

Prezada Tânia,

O conteúdo de seu último post está infinitamente melhor do que o do primeiro. Teria a dizer sobre o conteúdo do segundo post apenas o seguinte:
1) Os Estados-nação estão perdendo aceleradamente seu poder de decisão. Ainda quando logram deter o controle de sua moeda, podem apenas implementar políticas decididas por um sistema econômico global;
2) O Estado-Nação ainda presta um grande serviço político ao capitalismo global, pois ele é frequentemente usado, sempre que a revolta das massas deve ser desviada daqueles que realmente decidem o futuro econômico do mundo e canalizada contra falsos inimigos tais como os judeus, os comunistas, os imigrantes, os islamitas etc.
3) Na prática, as economias nacionais não existem mais. Por isso, a luta contra a exploração e opressão passa cada vez menos pelos estados nacionais e, em futuro próximo, tenderá a se concentrar nas políticas e decisões impostas por organismos internacionais, independentemente da saída da Inglaterra da União Europeia e mesmo da implosão da UE.
4) A engrenagem desse sistema necessita desviar a atenção dos problemas reais para realidades do passado ou até imaginárias