4 de out. de 2013

AVANÇOS NA DEFESA



(HD) - A compra de 100% da Atech, pela Embraer, e o lançamento do Pólo de Ciência e Tecnologia do Exército mostram que - apesar do reconhecimento de que estamos vulneráveis do ponto de vista cibernético - ainda assim estamos evoluindo no contexto bélico.
A aquisição da Atech pela Embraer vai fortalecer uma das raras empresas do setor, totalmente nacional, especializada em controle aéreo e em soluções estratégicas de comando e inteligência.
O PCTEG será erguido junto ao Centro Tecnológico do Exército, em Guaratiba, no Rio de Janeiro, e irá unir instituições de ensino de engenharia, de pesquisa e de desenvolvimento da força terrestre, a grupos privados e universidades, no projeto de novas armas e equipamentos.
No dia 6 de setembro, a imprensa anunciou a abertura de negociações oficiais para a compra de sistemas russos de artilharia antiaérea Igla e Pantzir pelo Brasil. O Pantzir pode detectar simultaneamente até 24 alvos, que estejam voando entre 5.000 e 10.000 metros de altura, a uma distância de até 20 quilômetros.
Também no início do mês passado,  anunciou-se que uma associação entre a Mectron, a Avibras e a Opto Eletrônica vai começar a fabricar, ainda este ano, em São José dos Campos, os primeiros protótipos brasileiros do  míssil ar-ar “A-Darter”, de quinta geração, desenvolvidos em conjunto com a Denel sul-africana, destinados a equipar caças da Força Aérea, como o AMX. 
No dia 17, foi anunciada a instalação, em Pomerode, de uma fábrica da CZ (Ceska Zbrojovka), famosa fabricante tcheca de armamentos, que irá produzir, em Santa Catarina, pistolas .380 e de 9 e 40 mm, e, talvez, o rifle de assalto CZ- 805.
No dia 18, chegou à Base Naval do Rio de Janeiro o navio “Araguari”, completando a entrega de três patrulheiros oceânicos de 18.000 toneladas (os outros dois são o “Amazonas” e o “Apa”), fabricados pela Bae Systems, na Inglaterra - com cláusulas de transferência futura de tecnologia - para a Marinha do Brasil. 
Outras boas notícias apontam também para o fortalecimento da indústria nacional e de nossa política de defesa. 
Com a realização de nova reunião no Rio de Janeiro, da qual participaram, entre outros países, a Argentina e o Equador, avança o projeto da Escola Sul-americana de Defesa.  
E, no início de outubro, a Avibras Aeroespacial, de São José dos Campos, anunciou a confirmação de um contrato no valor de 900 milhões de reais para fornecer lançadores de foguetes de saturação para o Exército da Indonésia.
A encomenda é de 36 veículos Astros II, com centrais de controle e munição, o que possibilitará, além do ganho de escala, a criação de mais trezentos empregos diretos pela empresa.
A indonésia é o segundo cliente da Avibras na Ásia. O outro comprador é a Malásia, que também já adquiriu baterias de mísseis do sistema Astros, no valor de 500 milhões de reais.

2 comentários:

Tadeu disse...

Caro Mauro Santayana, o investimento por parte do Brasil, em se equipar com armamentos bélicos, não é contraditório para um País que tem ainda milhões de habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza? Se armar é necessário para se impor ao mundo? Nós devemos temer alguma ameaça de ocupação?
Tadeu Dias Pais

Mauro disse...

Caro Tadeu leia os livros do John Perkins:

"Confissões de um assassino econômico"

"Enganado"

"A história secreta do império americano", do Greg Palast

"Seja feita a vossa vontade"

Ou então entre num site de livraria e leia a sinopse dos livros, que responderá à sua pergunta.